Não existe fórmula mágica ou receita pronta para o sucesso de uma empresa, mas há ferramentas que as ajudam a chegar lá. Uma delas é o uso de metodologias, como a Lean Startup.
Para quem está começando a explorar o mundo das startups, conhecer essa metodologia é fundamental e faz toda a diferença nos resultados. Saiba tudo sobre a lean startup e como aplicá-la no seu negócio neste post dedicado ao tema. Fique conosco até o final para não perder nenhum detalhe. Boa leitura!
De onde vem a Lean Startup?
O conceito de lean startup apareceu pela primeira vez no livro de Eric Ries intitulado “The Lean Startup”. A obra é resultado da experiência de anos do autor à frente de seu trabalho como consultor e criador de startups.
Um de seus projetos durou alguns meses e se tratava de uma startup de desenvolvimento de software. Chegou a receber um financiamento de 40 milhões de dólares e a contratação de mais de 200 funcionários.
Após o seu lançamento, o projeto não vingou, causando um prejuízo enorme de todos os recursos para todos os envolvidos.
Essa experiência foi suficiente para que Eric tomasse uma decisão. A partir da filosofia japonesa da Lean Manufacturing, ele optou por modificar a situação criando uma metodologia semelhante para otimizar os processos das startups, a Lean Startup.
O que é Lean Startup?
O termo vem do inglês e significa startup enxuta. Refere-se a um conjunto de princípios, metodologias e processos para conduzir os empreendedores numa jornada cheia de inovação.
Essa metodologia afirma que a necessidade do cliente (problema) e o produto (solução) são desconhecidos. Um descobre o outro a partir de processos recorrentes, o que ajuda bastante na fase de desenvolvimento de produtos e também de clientes.
A lean startup não é utilizada apenas em startups do segmento de tecnologia. Outros negócios que atuam em outros ramos já tem buscado a metodologia para alcançar resultados de alta performance.
Ela baseia-se no descarte ou na validação de hipóteses a respeito do produto ou do mercado. Para que isso aconteça, dois fatores são totalmente indispensáveis: a celeridade e o custo das iterações.
Em outras palavras, quanto mais ágil e acessível a melhoria, melhor. Geralmente, as iterações são responsáveis por promover mudanças no projeto inicial. Esse movimento recebe o nome de pivô.
Princípios da Lean Startup
A lean startup está pautada em três princípios:
Customer Development
O desenvolvimento de clientes é um processo empregado para estes e validação das hipóteses, colaborando para que a startup encontre um equilíbrio entre o mercado e o produto.
Desenvolvimento Ágil
Trabalhar com metodologias ágeis possibilita que haja uma iteração maior de desenvolvimento e velocidade a partir do feedback dos clientes.
Ferramentas tecnológicas
São plataformas que servem como uma solução do seu produto ou serviço agrupando diversas tecnologias Através delas, a sua startup obtém um alcance maior não só apenas de público, mas também de resultados.
Como a lean startup pode ser aplicada no seu negócio?
Após compartilhamos com você alguns conceitos importantes sobre o tema, chegou o momento de saber como essa metodologia pode ser reproduzida na sua startup.
Falamos anteriormente que a premissa da lean startup está nos testes e validações de hipóteses, tanto de produto quanto de mercado. Antes da validação, é preciso passar por algumas fases e conceitos, como por exemplo, o Ciclo do feedback construir-medir-aprender.
Ciclo do feedback construir – medir – aprender
Esse é considerado um dos conceitos mais relevantes da lean startup e se divide em três etapas.
A primeira delas é o desenvolvimento inicial do produto. E antes q de lançá-lo no mercado, são realizados alguns testes a partir de um protótipo para ver como o mercado se comporta perante ele, antes mesmo de apresentar o produto oficial na sua versão finalizada.
MVP (Minimum Viable Product)
Também conhecido como Produto Mínimo Viável, é nada mais que o protótipo que acabamos de mencionar no tópico anterior. Sua produção tem o intuito de sanar as dores do cliente e não gera muitos custos para a empresa, já que se trata de algo para ser testado, apesar dos feedbacks serem bastante reais.
O MVP viabiliza a testagem das hipóteses e aproveita a jornada para aprender sobre essa etapa. Dessa forma, é possível trabalhar visando a oportunidade de melhorias e a inclusão de funções a partir de demandas reais.
Métricas de vaidade
Na segunda etapa onde ocorre a elaboração do produto, os esforços são direcionados de modo que seja possível analisar se tanto a empresa quanto a sua solução tem performado bem ou não.
É comum que os empreendedores depositem sua confiança sobre o desempenho do negócio a partir das métricas de vaidade. É o suficiente para uma situação de distração onde os verdadeiros indicadores que verdadeiramente mostram a situação do negócio são completamente ignorados.
E quais seriam as métricas de vaidade? Um bom exemplo disso é quando você entra num site e baixa um material (planilha, e-book, etc.)
Eles causam uma sensação de otimismo sobre o sucesso da marca, mas não traduzem a verdadeira importância de indicadores que de fato apontam para a saúde do negócio, como, por exemplo, Custo de Aquisição de Clientes (CAC).
Desenvolvimento contínuo
A análise das métricas proposta no tópico anterior traz uma discussão importante sobre os próximos passos que a startup dará. A partir dos resultados, caberá aos responsáveis do projeto avaliar a sua viabilidade, entendendo a importância de que um processo de melhoria contínua é fundamental para o crescimento do negócio.
O desenvolvimento constante ocorrerá de acordo com os feedbacks recebidos a partir da fase dos testes. Eles apontarão quais serão os ajustes necessários a realizar.
Pivô
Chegamos a um dos pontos principais deste artigo.
Isso porque o ciclo se encerra e é o momento onde o empreendedor deve pivotar o projeto original.
Caso a essa altura os responsáveis se deem conta de que é preciso alterar o projeto original, uma mudança drástica deverá ser realizada para seguir com o projeto até o fim.
Conclusão
Mais do que uma metodologia, a lean startup é uma excelente oportunidade para que os empreendedores envolvidos testem ao máximo as suas soluções antes de enviá-las para o mercado, evitando desperdícios de recursos e uma série de outros transtornos.
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